A exclusão é a base da maioria das dinâmicas ocultas na família, levando a identificação com aquele que não é visto, esquecido ou desconsiderado. E quando sou eu quem vive o sentimento de excluído, ou sofro a exclusão na família? Como posso olhar para isso, como as Constelações auxiliam nesse tema? A criança começa a ser excluída seja pela fala/ação que vem de fora ou quando ela se sente fora daquele círculo. Esta pessoa não casa com os costumes, hábitos e crenças que a família trás e muitas vezes esta diferença se torna um embate. Já os pais erram quando falam e determinam como os filhos devem ser, pois, a criança pode expressar com revolta, comportamentos estranhos ou ela se recolhe e se torna uma criança “esquisita” podendo apresentar vários problemas, inclusive problemas de saúde. Quando adulta ela sempre vai estar buscando por aprovação das pessoas, e por muito pouco as pessoas a magoam. Ela fica vulnerável, vivencia relacionamentos conflitantes justamente porque ela busca a aceitação que não teve da família, nos outros. A pessoa vai batendo a cabeça na vida, enquanto o que ela precisa é “pertencer e ser aceita na família”. É exatamente neste sentido que as Constelações Familiares irão ajudar, pois irá permitir a pessoa ter uma visão mais ampla das suas questões, ressignificá-las e colocá-la de volta em seu lugar, e aí tudo flui, apazigua e passa a funcionar melhor. A luz das Constelações mesmo o excluído sentindo que lhe falta algo de seus pais, ele tem que entender que estes pais entregaram a ele o substancial que é a sua vida, e que graças a tudo que ele recebeu seja de bom ou ruim, foi isso que lhe determinou o seu caráter, sua experiência e aprendizagens. Se parar para pensar recebemos os pais certos, pois, como seríamos se tivéssemos recebendo tudo? Você seria tão forte? Seu caráter teria sido moldado? Como você iria lidar com as suas frustrações? O que uma pessoa recebe de seus pais (independente do que seja) já é o suficiente para que ela possa ir buscar o que ainda lhe resta. É preciso se sentir grato a esses pais por ter entregue tudo que entregaram e como isso foi entregue, para que você não faça nem melhor, nem pior, mas apenas que faça o que lhe é de destino. É preciso sentir a benção daqueles que vieram antes. Quando você faz isso, integra toda a sua história e deixa de se excluir. Aquela pessoa que é excluída, precisa reconhecer uma característica muito especial: a de ser diferente. É preciso parar de olhar com olhos de vitimismo para dentro de si e entender que que não é somente o excluído quem sofre, um membro da família mesmo em gerações futuras poder receber o emaranhado, portanto, é preciso olhar de frente e entender a situação para que o emaranhado se dissolva e nenhum membro pague mais o preço dessa exclusão.
Com carinho, Fernanda Brentegani - Psicóloga CRP 06/101633 e Facilitadora em Constelações Familiares
Contato (47) 992024034
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